A nefrectomia é um procedimento cirúrgico utilizado para tratar pacientes que sofram de câncer em um ou em ambos os rins. Em todo o mundo, cerca de 3% dos casos de câncer diagnosticados localizam-se nos rins. No Brasil, a taxa de incidência fica em torno de, aproximadamente, 8 pessoas por 100 mil habitantes anualmente.
Como todo tipo de câncer, o de rim deve ser diagnosticado o mais precocemente possível, para aumentar as chances de recuperação e otimizar a efetividade do tratamento. O desenvolvimento da doença normalmente é lento, e em quase metade dos casos, o diagnóstico é confirmado por internédio de exames com o intuito de detectar outras doenças.
Como é feita a nefrectomia radical?
Dependendo da extensão do tumor, pode ser indicada a remoção de um dos rins totalmente. Se for o caso, o paciente terá extraídos o rim, sua glândula adrenal e a gordura ao redor do órgão, além de parte do ureter. Além do câncer, pacientes que sofram de urolitíase, síndrome de Von Hippel-Lindau e outras enfermidades ligadas ao órgão e que comprometam suas funções podem ser indicados a fazer a nefrectomia radical.
É possível viver com apenas um rim, entretanto, a retirada completa de um dos rins deve ser indicada apenas quando as possibilidades de tratamento conservador se esgotem.
Pesquisas mostram que a nefrectomia parcial aumenta a sobrevida
Estudo da Universidade de Michigan, Estados Unidos, constatou que pacientes submetidos à nefrectomia parcial apresentam maior sobrevida em relação aos que tiveram um dos rins removidos totalmente. Realizado em pacientes no estágio inicial, aferiu que a mortalidade entre os que retiraram apenas as partes afetadas por tumores foi menor do que entre os que retiraram o rim por inteiro. Em números, 25% dos que fizeram nefrectomia parcial morreram após 5 anos decorridos da cirurgia, enquanto 42% dos que retiraram um dos rins vieram a óbito após o mesmo período.
O urologista Paulo Salustiano recebe pacientes renais em sua clínica de urologia em Ipanema e reforça a necessidade do diagnóstico precoce “pessoas na faixa etária entre 50 e 70 anos são consideradas mais propensas a desenvolverem câncer nos rins. Embora haja sintomas como sangramento na urina, dor nas costas e latejamento do tumor percebido no abdômen, é preciso compreender que, como a maioria dos tumores, o dos rins evolui lentamente e de forma silenciosa”.