O padrão tecnológico das empresas vem mudando em ritmo acelerado. A estruturação dos serviços de TI – Tecnologia da Informação – vem sendo construída cada vez mais de forma remota, o que faz com que o mercado de trabalho se reconfigure. As grandes corporações vem gradativamente perdendo seus profissionais para as startups especializadas em segmentos como desenvolvimento de aplicativos mobile, softwares para controle de fluxo de caixa e de pessoal, entre outras funcionalidades.
Ao mesmo tempo em que vivencia a alteração nas suas dinâmicas, o setor de TI passa por um momento de crescimento. Estudo da FGV – Fundação Getulio Vargas – mostrou que cada 1% dos recursos investidos em tecnologia gera, num período de dois anos, aumento nas receitas de 7%. Em alguns setores, como o bancário, por exemplo, registrou-se investimentos da ordem de 13% em seus budgets, alavancados pelos investimentos em Tecnologia da Informação.
Outro setor que vem investindo pesado em TI é o do comércio varejista “Por apresentarem ritmo intenso no fluxo de caixa, as lojas precisam automatizar seus processos, para tornar mais rápido o processamento de entrada e saída de dinheiro, pagamentos feitos e controle do estoque”, observa Donato Mingarelli, CEO da Cezanne, multinacional que desenvolve software para recursos humanos no Brasil.
Setor brasileiro de software como serviço começa a se organizar
Se os números apontam para o crescimento do setor, com aumento de 7,5% em 2014, a estimativa é de que continue em 2015, embora o Brasil esteja passando por recessão que afeta a economia como um todo.
Refletindo o crescimento do segmento e com o objetivo de regular o setor, a Abes – Associação Brasileira das Empresas de Software – criou comitê para disciplinar a produção e comercialização de softwares vendidos como serviço no Brasil. Desta forma, pretende-se ter subsídios para incentivar práticas inovadoras, enquanto orienta empresas e organizações sobre como utilizar o SaaS da melhor forma.