A greve dos funcionários da Comlurb – empresa responsável pela limpeza urbana carioca – durante o carnaval deu o que o que falar. Os funcionários reivindicavam aumento de salário e outros benefícios trabalhistas.
O protesto se iniciou durante o carnaval e quem mora no Rio de Janeiro, pôde ver como a cidade ficou caótica. Nos locais de blocos de rua, montanhas e montanhas formadas por restos de sacos de gelo, latinhas de cerveja e garrafas pets, tomavam conta das ruas. E só no último final de semana, quando a greve já havia terminado, foram recolhidas 18 mil toneladas de lixo, e a previsão era de três dias para a coleta. Entretanto, até agora, existem muitos bairros sem coleta desde o dia 1° de março.
Segundo Gelma Reis, diretor da Ética Ambiental, empresa de consultoria ambiental no Rio de Janeiro, afirma que as residências sem coleta, estão sob forte perigo de contaminação e doenças. “Os resíduos orgânicos nesse momento já apodreceram e os parasitas, insetos e roedores já perceberam isso. Como não está havendo coleta, o ideal é deixar o lixo dentro de casa em alguma área bem isolada da casa, já que na rua, os sacos de lixo podem ser rasgados por roedor ou um cão”.
Problemas quanto à coleta e a utilização de lixo são um problema nacional. Por essa razão, em outubro, Brasília receberá entre os dias 24 e 26, a Conferência Nacional de Meio Ambiente, que visa debater temas relacionados e problemas ambientais, como a reciclagem do lixo dos lixões e formas de reduzir seu volume.
Rio se esforça para reduzir lixo nas ruas
Como já falamos aqui no site, a cidade maravilhosa, havia lançado a campanha Lixo Zero. Muitas pessoas já receberam a multa referente ao valor de R$157. Esse valor equivale a resíduos que possuem tamanho inferior a uma lata de refrigerante.
Curiosamente, até o prefeito do Rio de Janeiro foi multado. Em um vídeo que circulou pelas redes, Eduardo Paes aparece arremessando o bulbo de uma fruta. Em uma entrevista ao um telejornal, o prefeito disse que já pagou a multa e que nenhuma pessoa, será isenta da punição, nem mesmo o prefeito.
Texto cedido por Daniel Delfino.
