Diretamente ligado às funções de excreção e de controle dos fluxos urinário, fecal e da ereção, o assoalho pélvico é composto por diversos músculos e ligamentos, sendo, portanto, uma das estruturas mais complexas do corpo humano.
No homem, está relacionado ao controle ejaculatório e das funções penianas, como a micção e ereção. Quando está enfraquecida, a pelve, como também é conhecida, não consegue estabelecer corretamente uma relação com o pênis, gerando assim problemas como incontinência urinária, ejaculação precoce ou disfunção erétil.
Configurado este quadro, entra em cena a fisioterapia pélvica, como forma de reeducação perineal e tratamento conservador, com excelentes resultados alcançados em pacientes que sofrem de disfunção erétil.
Um problema de saúde pública
A OMS, Organização Mundial de Saúde, estima que entre 20 e 30% da população masculina em todo o mundo apresenta algum grau de disfunção erétil, com maior incidência na faixa etária entre 40 e 70 anos.
Segundo o fisioterapeuta Mauro Barbosa, da Vivace, clínica de urologia no Rio deJaneiro “para o tratamento da disfunção erétil apresentar resultados positivos e consistentes, é necessária uma abordagem multidisciplinar. As causas do problema podem abranger aspectos psicológicos, que uma vez somatizados, causam perda de potência e dificuldade em manter a ereção. O aspecto físico, portanto, é tratado numa etapa posterior à avaliação psicológica”.
Mauro acrescenta “uma vez que diagnosticamos o enfraquecimento do assoalho pélvico, buscamos terapias com o objetivo de restabelecer o controle e a motilidade desse sistema, principalmente dos seus músculos bulboesponjoso e o pubucoccígeo”.
Com a propagação dos efeitos em termos de potência causados por medicamentos como o Viagra e seus genéricos, percebe-se que existe uma tendência à automedicação que pode ser perigosa. Administrados sem acompanhamento médico, esses fármacos podem trazer efeitos colaterais graves, e até levar a óbito devido a ataques cardíacos. Portanto, se você apresenta disfunção erétil em algum grau, é preciso, antes de mais nada, procurar seu médico urologista, que vai prescrever o tratamento adequado em parceria com seu fisioterapeuta.