A dermatite atópica existe há séculos e as primeiras referências se encontram em documentos resgatados do mundo antigo.
Conhecida pela sigla de DA, a dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica, recidivante (que retorna), que se caracteriza por coceira na pele, o principal sintoma, ressecamento, vermelhidão, inchaço, erosões e escoriações, descamação e liquenificação. É mais frequente em crianças (com aparecimento nos primeiros cinco anos de vida), mas também pode afetar adultos. A maioria dos pacientes apresenta remissão na fase adulta, mas 10% a 30% permanecem sintomáticos.
A Dra. Priscilla Filippo, alergista no Rio de Janeiro, esclarece que “De acordo com diferentes casuísticas, a DA atinge em torno de 10% a 15% de toda a população, em todas as raças e em ambos os sexos. No Brasil, a prevalência varia de 8,9% a 11,5%. É mais predominante no inverno, diminuindo na primavera e menos prevalente no verão e outono”.
Fatores de risco da dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença complexa que envolve fatores genéticos, imunológicos, fatores ambientais que levam à alteração da barreira cutânea e desregulação do sistema imunológico. Afeta a qualidade de vida dos pacientes, interferindo no sono, nas atividades escolares, laborativas e lazer, além de significar altos custos com saúde.
“A DA pode estar associada a outras comorbidades, tais como: rinite alérgica, conjuntivite alérgica, asma e alergia alimentar”, segundo a especialista.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é basicamente clínico. É baseado na história clínica (70% dos pacientes apresentam história familiar positiva para atopia), exame físico (observando os tipos e as distribuição das lesões) e exames complementares, quando necessários.
Para finalizar, a Dra. Filippo define que “O tratamento é baseado por medidas de controle do ambiente (evitar tapetes, cortinas, animais de estimação de pelos e penas, contato com poeira e mofo, manter a casa sempre arejada etc.), medidas não farmacológicas (evitar banhos quentes e demorados, manter a pele sempre hidratada) e medicamentoso”. O tratamento deve ser multiprofissional com adesão do paciente e sua família, alcançando assim uma melhor resposta terapêutica.
Fontes: Guideline of cara for the management of atopic dermatites. J. Am. Acad. Dermatol. Vol. 70. No.2. 2013.
Consenso latino-americano dermatite atópica.