O carro tetrafuel é aquele que funciona com gasolina, etanol, a mistura de ambos e com GNV. Aí você pode se perguntar: “qual a novidade?”, e a resposta é simples. O carro tetrafuel vem com o GNV de fábrica. Em outros tempos, usar o gás natural veicular era considerado pelos mais puritanos uma afronta ao motor do carro. Muitos diziam que ressecava as peças, danificava o motor. Existem muitos exageros nessas afirmações, mas a verdade é que quando vem de fábrica, a certeza de estar fazendo a coisa correta é bem maior.
A Fiat foi a primeira a atender essa demanda com o Siena. O carro responde de maneira adequada a todos os combustíveis e, mesmo no gás, que é tradicionalmente um combustível que faz o motor ter alguma perda de potência, o carro se comporta de maneira correta e continua com bom desempenho. Essa é a grande vantagem da fábrica instalar os componentes. Dela, eles saem regulados, projetados de maneira correta e ainda dão bem menos manutenção.
Injeção eletrônica é preparada para todas as variáveis
Se nos carros convertidos a injeção era totalmente comprometida, no tetrafuel isso não acontece. Era muito comum, para evitar gastos imediatos, evitar a colocação de emuladores de injeção no sistema de GNV e ainda os devidos cortes elétricos para quando o carro não estivesse no seu combustível original, houvesse o corte das funções de injeção. Como poucos faziam isso, era muito comum a quebra da injeção eletrônica em poucos meses e até dias de uso do GNV.
O especialista Danilo Vasconcelos da Dinamicar Pneus, loja de pneus no Rio de Janeiro, fala abertamente sobre o perigo da má conversão: “Muitos profissionais simplesmente não colocam todas as peças necessárias ou recomendam que não coloque para reduzir o custo. O que muitos não sabem é que isso gera um custo bem maior algum tempo depois. Injeção eletrônica é muito sensível”, conclui.