A prostatectomia radical, indicada principalmente em casos iniciais ou localmente avançados para tratamento de  câncer de próstata, na atualidade, pode ser feita de duas formas: por via aberta, ou com auxílio da robótica, utilizando o robô conhecido como Da Vinci, desenvolvido nos Estados Unidos, e autorizado em salas de cirurgia norte americanas desde os anos 2000 pelo órgão de controle local, a FDA. Na Europa e no Brasil o robô ainda não é utilizado sistematicamente. Há, ainda, a prostatectomia radical perineal, mas por causa de fatores como impossibilidade de preservar os nervos periféricos responsáveis pela ereção, tem sido contraindicada pela maior parte dos médicos urologistas. Aqui, a cirurgia ainda é feita majoritariamente por via aberta, com ótimos resultados.

Com o advento da robótica, os médicos urologistas vêm procurando cada vem mais se aperfeiçoar nas técnicas para operar o equipamento, de forma a garantir o sucesso das intervenções. De fato, o robô Da Vinci é eficaz no sentido de realizar prostatectomias com perda mínima de sangue, demandando menos transfusões ao longo da cirurgia, que acontece em tempo reduzido, em relação aos métodos comuns.

Quais os casos em que é indicada a prostatectomia radical?

Prostatectomia robótica

Nos casos de câncer de próstata inicial ou localmente ou localizado, é indicada a remoção parcial ou total da próstata, que apresenta elevado índice de sucesso. Normalmente, o paciente submetido ao procedimento fica internado por um período que varia entre 2 ou 3 dias. A sonda vesical, inserida para controle da urina, pode ser retirada em aproximadamente 2 semanas.

Os efeitos colaterais podem ocorrer em poucos casos, e consistem em incontinência urinária ou impotência. Entretanto, com o uso de robótica, esse risco é minimizado, graças à extrema precisão proporcionada pelo mecanismo, que contempla estabilização de possíveis movimentos involuntários da mão do cirurgião e visualização do local a ser operado em tela de alta definição.

Converse com seu urologista

O urologista Paulo Salustiano, da Vivace, clínica de urologia no Rio de Janeiro, ressalta a importância da prevenção “mesmo com as avançadas técnicas de cirurgia robótica, sempre vai existir riscos inerentes a um procedimento desse porte. Por isso, principalmente para homens acima dos 40 anos, o ideal é consultar o urologista regularmente, e realizar o exame de toque retal ou de PSA de forma periódica”.