Construindo Cidadania
O autor é Roberto Ravagnani, palestrante, jornalista, radialista, conteudista e Consultor de voluntariado e responsabilidade social empresarial. Voluntário como palhaço hospitalar há 17 anos, fundador da ONG Canto Cidadão, consultor associado para o voluntariado da GIA Consultores para América Latina, sócio da empresa de consultoria Comunidea e curador do site www.varejoconsciente.com.br / www.robertoavagnani.com.br
Eu tenho….um monte de anos…. há, há…ok…sou da segunda metade da década de 60….são vários anos de experiencia, e só fui aprender a ser voluntário com mais de 30 anos.
Não que não tivesse praticado alguns antes mesmo sem saber o nome, fui escoteiro por exemplo, até hoje um exemplo para os jovens na questão do voluntariado, mas na minha época, mas um sentimento de velhice, na minha época, não era tratado com este nome, fui evangelizador infantil, trabalhei na quermesse da escola, do Lions e do Rotary, entre outros
Creio que muitos aprenderam bem mais tarde a pensar e em ser voluntário, não por não existir o trabalho voluntário, mas por que ainda não era tão importante, ou não achávamos tão importante assim.
Hoje apesar dos esforços em falar e apresentar o trabalho voluntário para o maior numero de pessoas possível, ainda temos os desafios da modernidade, da velocidade e da era da informação para nos “atrapalhar”, ao mesmo tempo que pode ajudar ela acaba nos afastando também, pois a desconfiança e muito maior do que o interesse.
As escolas, elas seriam o local para nos apresentar o voluntariado, ali estamos prontos, ávidos por aprendizagem e ali seria o berço do voluntariado, para nos mostrar o resultado que traz para as pessoas e para a sociedade esse tipo de trabalho.
É certo que hoje já existem iniciativas, nesse sentido, mas ainda precisamos avançar muito para que o assunto possa ser discutido como um assunto relevante e não uma atividade extracurricular que é bonitinho e está na moda.
Seria importante tratar este assunto como uma matéria efetivamente, pois pode transformar os alunos, pode trazer experiencias ricas e definir até mesmo sua carreira ou sua forma de ver a vida.
O governo poderia adotar como politica publica ter o voluntariado no currículo estudantil, como é feito em outros países, existe uma carga horária definida pelas secretarias de educação para o estudo e a pratica do voluntariado. Isto certamente seria uma medida, que não necessariamente tem um custo implicado, mas certamente poderia ser um divisor de águas não só para os alunos das escolas públicas, mas como para toda rede escolar.
Muitas escolas particulares já estimulam o voluntariado, algumas de forma efetiva, outras com projetos interessantes, dignos de serem replicados e outras ainda tratam o voluntariado da mesma forma que se leva os alunos a uma visita no zoo.
De toda forma no meu ponto de vista seria a escola o principal multiplicador do assunto. Quanto nossa sociedade sairia ganhando, quanto nossas crianças teriam uma melhor formação de caráter e de respeito as diferenças, de entendimento das desigualdades, só vamos saber quando o assunto for efetivamente colocado em pauta regular nas escolas de todo o país e ser tratado como uma ferramenta de desenvolvimento efetivo de nossos jovens a começar do ensino fundamental.
Falo com propriedade pois já ministrei aulas regulares de voluntariado em uma escola particular em São Paulo para alunos de segundo e terceiros anos e existia uma compreensão e absorção, assim como a pratica de nossa teoria na casa deles, isso relatado pelos próprios pais.
Uma grande ferramenta de transformação, isso é o que é o voluntariado para crianças e jovens, falta-nos pessoas com poder decisório e com vontade para colocar isto em pratica. #ficaddica.