A Fundação Internacional de Osteoporose calcula que os casos de fraturas de quadril, uma dos mais graves, deve crescer 15% ao ano no Brasil até 2020, chegando a 140 mil até 2017.
Os números da pesquisa também apontam que um diagnóstico precoce da osteoporose, doença que mais fragiliza os ossos e uma das grandes responsáveis pelas fraturas da coluna, é pouco realizado no país.
Isso porque, segundo o Dr. Renato Bastos, da Orto Center, clínica ortopédica em Jacarepaguá, 75% dos casos de identificação da osteoporose, só acontecem depois do primeiro osso quebrado, quando a partir de então o risco de novas fraturas vertebrais aumentam em até 27% a cada ano.
Esses números são em relação às mulheres brancas, que têm maior probabilidade de adquirir uma osteoporose em até seis vezes mais do que os homens.
O diagnóstico precoce é importante contra a osteoporose
De acordo com o Dr. Renato, o que causa a osteoporose é a diminuição da massa óssea e a alteração da própria formação dos ossos. “As pessoas que têm osteoporose possuem ossos mais frágeis, que podem ser quebrados com maior facilidade”.
A doença é mais comum em mulheres acima dos 50 anos de idade, e algo em torno de 33% de todas as mulheres com mais de 55 anos apresentam a osteopenia, que é uma perda de massa óssea, prévia à osteoporose. No entanto, os homens, embora apresentem em menor proporção, também precisam se diagnosticar, principalmente depois dos 50 anos.
Diagnóstico da osteoporose no homem
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada cinco homens, um tem osteoporose no decorrer da vida e, se a probabilidade do homem pegar a osteoporose é muito menor do que as mulheres, o índice de mortalidade, após o diagnóstico é bem maior entre os homens.
Nas mulheres se exige que os exames de densitometria óssea sejam feitos a partir dos 50 anos, logo na pós-menopausa. Nos homens, esse exame também deve ser feito o quanto antes, mas despois dos 70 anos deve ser uma obrigação, para identificar as fraquezas ósseas em tempo.
Exame para diagnosticar a osteoporose
Cada caso é uma situação específica. Há casos em que se indica a realização de exames de imagem antes dos 50 anos, como as pessoas com desnutrição, baixa ingestão de cálcio e doenças que podem interferir no metabolismo ou na menopausa precoce, no caso das mulheres.
O exame mais adequado para se diagnosticar a osteoporose é a densitometria óssea, que pode ser realizado em pessoas em várias idades. Nas jovens, serve para prever qualquer problema futuro e evitar fraturas mais sérias. Nas mais idosas, para diagnosticar a osteoporose.
Exame de densitometria óssea
A densitometria é o exame mais apropriado para o diagnóstico da osteoporose, e é realizado com um Raio X que possui um feixe concentrado, e tem uma exposição até dez vezes menor que a gerada por uma radiografia normal de tórax, por exemplo.
O exame não demora mais do que 15 minutos, e o paciente fica deitado confortavelmente. A análise, além de rápida, é indolor e pode levar o paciente a uma melhor qualidade de vida. No dia do exame, o paciente não deve portar metal ou joias, materiais que interferem no resultado.