Cada vez mais difundido no universo acadêmico brasileiro, o ensino a distância vem, pelo que os números indicam, cumprindo seu papel dentro do tão criticado sistema educacional brasileiro. Conhecido pela abreviatura EAD, trata-se de uma modalidade de ensino em que as instituições investem de forma crescente. Muitas delas, inclusive, dedicam-se com exclusividade às aulas remotas.

Um dos exemplos é o Instituto Luminis, que tem sede no Rio de Janeiro. Seu coordenador, Eduardo Santos é categórico em afirmar “o ensino a distância veio para ficar. Embora ele jamais vá suprimir totalmente o ensino presencial, seu espaço já é cativo, e representa a alternativa mais viável para pessoas que querem prosseguir nos estudos mas têm dificuldade em conciliar os horários com as suas rotinas. Prova disso é o crescimento na quantidade de matrículas ao longo dos últimos anos, conforme relatório da ABED”.

Ensino a distância no Brasil

Eduardo se refere ao último censo sobre EAD realizado pela ABED, a Associação Brasileira de Educação a Distância, que atua há 20 anos mapeando e quantificando a evolução no ensino remoto no Brasil. De fato, o crescimento é exponencial. Se em 2009 havia 128 instituições de ensino conveniadas ao órgão, que totalizavam cerca de 528 mil alunos matriculados, em 2013 esses números saltaram para 309 instituições, em que estavam inscritos mais de 4 milhões de estudantes.

Expectativa para o EAD nos próximos anos

A curva de crescimento do ensino a distância tem reflexos diretos para os gestores de instituições de ensino. 82% deles acreditam em aumento no número de matrículas até o final de 2015. O mesmo otimismo pode se constatar entre os prestadores de serviço e empresas ligadas ao setor, em que 75% dos profissionais consultados pelo censo esperam aumento de até 81% nas vendas.

Embora o quadro seja animador, a evasão de alunos ainda é um empecilho a ser superado. Embora seus indicadores oscilem de acordo com o tipo de regime praticado – as aulas podem ser totalmente a distância ou não – a margem de 15% de alunos que deixam de participar das aulas preocupa, e vai demandar criatividade e planejamento dos gestores do setor. Num momento de crise da economia brasileira, de fato, o ensino remoto surge como uma ótima opção para um país que carece de mão de obra qualificada para voltar a crescer.