radicais-alaO povo brasileiro é extremamente pacífico e tolerante. Mesmo no meio da bandidagem, entre as milícias urbanas que controlam o tráfico de drogas e a indústria dos assaltos à caixas eletrônicos, pouquíssimo se ouve falar de chacinas nos dias atuais. Mas não se enganem: uma grande mudança nesse cenário pode estar prestes a acontecer.

Recentemente na França, extremistas radicais do Estado Islâmico invadiram a redação do jornal satírico “CHARLIE HEBDO” e covardemente assassinaram 12 jornalistas. Mataram porque sentiram-se ofendidos pelas publicações do periódico. Esses atentados não são isolados ou raros; muito me admira que ainda não estejam acontecendo aqui no Brasil, onde o que não faltam são casos de deboche a tudo e a todos.

O deboche está em todos os cantos dessa pátria amada e idolatrada. Desde os pequenos alunos que só faltam bater nos mestres em sala de aula, até os grandes políticos que “pintam e bordam” com o nosso dinheiro, a festa se generalizou. E olha que esse tipo de deboche é tão grave ou pior do que aqueles pelos quais se tem matado mundo afora.

Nossos cartunistas brincam e debocham também. Charges satíricas de políticos e poderosos empresários estão diariamente nos veículos midiáticos. Zombam também dos religiosos – mas só dos cristãos, que já não são tão radicais quanto nos tempos das Cruzadas… Que não comecem a brincar com a fé islâmica porque, diferentemente do pacífico e tolerante povo brasileiro, os fanáticos que lutam em nome de Alá não vão tolerar as blasfêmias e virão vingar sua fé nesse nosso solo ecumênico e laico.

Eduardo Queiroz é paulista de São José do Rio Preto. Fã incondicional do bom e velho rock n’ roll, leciona as línguas inglesa e portuguesa a alunos de todas as idades. É revisor, editor, escritor e colunista semanal do Vale Jornal e outras publicações de Jornalismo Colaborativo do Vale Publicar.