O processo de ocupação das cidades pode trazer consequências negativas para o equilíbrio climático. Pesquisas mostram quem a temperatura média, em centros urbanos, é cerca de 10% mais alta do que em áreas rurais, já que prédios de concreto, casas de alvenaria e o asfalto retém calor, retardando sua dispersão.
O microclima é alterado, e o calor mais intenso eleva a taxa de evaporação da água, aumentando em número e intensidade as precipitações. Ou seja, as chuvas passam a ser mais constantes e em maior volume.
Com a retirada da cobertura vegetal das margens dos rios, as águas atingem o solo com mais facilidade, carreando para os leitos dos cursos d’água todo tipo de detrito, o que causa assoreamento. Rios assoreados transbordam com mais facilidade, e é uma das principais causas de alagamentos nas cidades.
Outro fator apontado como causador de enchentes e alagamentos nos centros urbanos é a impermeabilização asfáltica. Com a pavimentação, torna-se mais difícil o escoamento das águas pluviais, e, aliado ao entupimento de galerias, principalmente por causa de lixo descartado irregularmente, as enchentes podem ser potencialmente desastrosas.
Asfalto poroso, uma solução contra alagamentos e enchentes
As medidas de prevenção visando evitar enchentes devem envolver uma série de ações, principalmente por parte dos órgãos públicos. Disciplinar a ocupação do solo, prover as cidades com rede de tratamento de esgoto adequada e evitar a retirada indiscriminada da vegetação ribeirinha e nativa são fundamentais no sentido de minimizar o problema dos alagamentos.
Uma das soluções para as enchentes, segundo Gregory Mâitre, da Betuseal, empresa de selante asfáltico, é a utilização do asfalto poroso, “uma estrutura permeável à base de brita menos densa, asfalto e concreto de elevada permeabilidade, que facilita o escoamento. Entretanto, esta ainda é uma solução para áreas de fluxo de veículos menos intenso, que ainda necessita de mais testes para ser implementada em vias expressas ou rodovias federais.”