Uma conquista bem feita, com possibilidades de grande prazer, começa sempre ao redor de uma mesa e, se mesmo assim, for impossível, por uma questão de pressa ou de fatores circunstanciais, pode-se apostar que tanto a mulher quanto o homem bem que gostariam de ter tido oportunidade de um bom jantar, à luz de velas e com uma música suave ao fundo ou, que fosse, um belo desjejum em um terraço ensolarado ou ainda na cama, servido em uma bandeja lindamente ornamentada com frutas e flores, ou de ceias bem regadas a vinho e a champanhe, antes ou depois do que os românticos chamam de prazer máximo da natureza humana.
Dessa maneira, o ato de comer e o ato sexual são considerados como sendo as duas atividades mais prazerosas da Natureza. O homem, além de ser um animal como todos os outros mamíferos da escala zoológica, recebeu o dom do raciocínio e uma formidável capacidade criativa.
Não é à toa que Eça de Queiroz diz, com muita sabedoria e propriedade, que o homem é um estômago em cima de um falo e Freud, talvez um pouco excessivamente radical, afirma que toda e qualquer atitude humana tem como objetivo final o sexo, ou seja, o ato sexual, incluindo-se aí até mesmo o ato de se alimentar, uma vez que instintivamente o homem sabe que precisa ter saúde e estar forte, para bem poder aproveitar as sensações que despertam em uma relação sexual.
Como tudo neste planeta, no correr dos milhões de anos desde o seu surgimento após o Grande Boom, o homem também evoluiu e, diga-se de passagem, muito mais rapidamente que qualquer outra espécie, justamente pelo fato de ser dotado de inteligência, raciocínio e criatividade.
Nessa evolução, o ser humano sempre teve como meta, além de simplesmente permanecer vivo, a busca da felicidade.
Entenda-se que, a um nível mais chão, mais materialista, o conceito de felicidade está intimamente ligado ao conceito hedonista e só pode se considerar feliz aquele que tenha a possibilidade de usufruir de alguma espécie de satisfação mais elevada.
Assim, era mesmo de se esperar que o homem insistisse tanto em transformar em algo agradável o que lhe era mais básico e mais necessário, ou seja, a alimentação. Criou, então, a culinária que é a arte de transformar alimentos brutos em refeições delicadas e que já pela própria apresentação, permitem a sensação de prazer.
Associar o prazer de comer ao prazer sexual, foi um passo muito curto e, no correr dos anos, à medida que foi se libertando de tabus e de preconceitos impostos principalmente pelas religiões, o ser humano foi aperfeiçoando essa relação íntima que existe entre a mesa e a cama, de tal maneira que hoje, no jogo da conquista amorosa, dificilmente se concebe uma separação entre essas duas fases.
Para ajudar homens e mulheres a alcançar mais facilmente esse tão cantado prazer máximo, a culinária afrodisíaca dispõe de recursos capazes de verdadeiros milagres. O Vale Chef preparou especialmente uma receita que vai apimentar ainda mais a sua relação.
Porco à Calígula – Um dos pratos mais conhecidos e mais apreciados da cozinha mineira — e por herança e vizinhança, da cozinha jordanense e valeparaibana — a leitoa pururuca requer alguns truques para que fique realmente boa. Ela deve ser servida tão logo saia do forno e deve ser acompanhada por farofa, couve refogada e arroz branco. Algumas batatas cozidas são sempre bem vindas, um feijão simples também é bom e o vinho para a mesa deve ser tinto, seco e bem encorpado. Como sobremesa, nada melhor que laranjas, mamão ou abacaxi, para facilitar a digestão.
Bom apetite!
Fonte: Jornalismo Colaborativo e Vale Chef