tapa-buracos

Planejado para durar em torno de quinze anos, o revestimento asfáltico tende a endurecer e a perder seu poder ligante com o tempo. Quando isso acontece, o pavimento trinca, e as pedras que o compõem começam a se soltar.

Caso o pavimento trinque, aparecerão fissuras semelhantes às que ocorrem em leitos de rio em época de seca. “A água da chuva entra por elas e penetra em todas as outras camadas do pavimento”, afirma o engenheiro Douglas Villibor. Surgem, então, vãos entre as pedras, a água e a lama. Com o tráfego intenso, os pedaços trincados se soltam, formando o famoso buraco.

Causas humanas no rompimento do asfalto

E não são só fatores naturais que causam buracos na pista. Todo ano, concessionárias são acusadas de abrir quase 50.000 buracos por mês na cidade. E nem sempre os fecham no prazo e da maneira exigida, ou seja, jogam o asfalto no buraco, sem compactá-lo.Em 2009, elas receberam 177 multas, que somaram 1,1 milhão de reais.

Lembrando que o pavimento é uma estrutura que pode se deformar. Mesmo com uma camada superficial mais rígida, se essa superfície recebe um peso maior do que pode suportar, ela se deforma excessivamente e se quebra. O mesmo acontece nas ruas por onde circulam veículos pesados, como caminhões e ônibus, e que não foram planejadas para ter esse tipo de tráfego.

Para entender um pouco mais sobre a causa dos buracos, procuramos entrar em contato com Gregory Maitre, sócio fundador da Betuseal, empresa de selante para asfalto, e ele nos contou que o que chamamos de asfalto é só a camada mais superficial das ruas. A composição do pavimento começa com a terra compactada e termina com o revestimento asfáltico.

Nós sabemos que na maioria das vezes os tapa-buracos não resolvem a situação. Ou melhor, até pioram. Se para os carros o impacto já é enorme, imagina para os motoqueiros? Os danos são incalculáveis, tanto materiais quanto físicos. Mas, como esse é um problema difícil de ser resolvido, só nos resta tomar cuidado com as pistas esburacadas. Fique de olho!