Entenda por que o calor pode ajudar no aumento dos casos de cálculo renal

O Brasil é um país tropical e, a depender do estado, simplesmente não há inverno, como acontece muito na região do Nordeste e no Rio de Janeiro, por exemplo. Ou seja, quem gosta das altas temperaturas tem muito a comemorar. Porém, o calor pode reservar algumas surpresas que vão além de um bronzeado bonito, e que podem não ser tão boas assim.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) divulgou recentemente que as temperaturas mais altas podem aumentar em 30% os casos de pedras nos rins na população. Isso acontece porque o calor faz com que transpiremos muito mais, aumentando, consequentemente, as chances de desidratação.

“Durante os períodos mais quentes, a desidratação é o pior inimigo dos pacientes, pois ela faz com que a urina fique mais concentrada e com mais resíduos e esse é um dos principais fatores da formação do cálculo renal”, explica o Dr. Paulo Salustiano, urologista no Rio de Janeiro. Segundo o profissional, apesar disso, o calor também pode ajudar na eliminação de cálculos previamente formados, pois neste período os indivíduos costumam praticar atividades físicas com maior frequência.

O que fazer para prevenir o cálculo renal no calor?

O consumo de água é a principal arma para a prevenção das pedras nos rins. Durante os períodos mais quentes, o ideal é que cada pessoa tome de 2,5 a 3 litros por dia.

Além disso, é importante priorizar uma dieta balanceada, rica em frutas, legumes e verduras. Vale ressaltar que evitar o consumo de sódio, alimentos industrializados e proteínas de origem animal também ajuda a prevenir o cálculo renal.

Para finalizar, o Dr. Paulo Salustiano explica: “Na maioria dos casos, os cálculos estão relacionados à predisposição genética associada aos hábitos alimentares. Quando o paciente tem o costume de ingerir alimentos ricos em cálcio e outros componentes tidos como “cristais”, eles podem se acumular e formar as famigeradas pedras nos rins, atrapalhando na filtragem do sangue, que é a principal responsabilidade do órgão”.