1-0Ao observar o céu à noite, você fica curioso sobre como as estrelas se formam, evoluem e morrem? Você se interessa sobre buracos negros, big bang e cosmologia? Então, o seu lugar é na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Fique atento, pois a edição desse ano, a vigésima, já está com as inscrições abertas para as escolas.

Realizada em fase única, a Olimpíada acontece no dia 19 de maio e é voltada para todos os estudantes dos ensinos fundamental e médio. Escolas públicas ou particulares que ainda não participam já podem se cadastrar pelo site www.oba.org.br. O prazo para inscrições de escolas vai até o dia 19 de março.

O objetivo da OBA, de acordo com o Dr. João Batista Garcia Canalle, astrônomo e coordenador nacional do evento, é levar “a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para a sala de aula, despertando o interesse nos jovens”.

Em 20 anos de existência, a OBA já superou a marca dos 8 milhões de participantes e distribui anualmente cerca de 40 mil medalhas. Em 2016, a olimpíada teve a participação de 744.107 estudantes de 7.915 escolas de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal.

Além de ter crescido, a OBA se multiplicou. Dentro da olimpíada foi criada a Mostra Brasileira de Foguetes, a MOBFOG, que tem cerca de 90 mil participantes por ano lançando seus foguetes aos céus do Brasil. Mas não é só isso. Também nasceram as Jornadas Espaciais, as Jornadas de Foguetes, os Acampamentos Espaciais e os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREA). Este último já capacitou mais de 6.200 professores passando por diversas cidades do país, até mesmo na longínqua Oiapoque, no extremo norte do Amapá.

– Mais recentemente, compramos, com a ajuda de uma “vaquinha” online, um planetário digital inflável para levar a astronomia ainda mais perto dos alunos e professores. Além disso, temos as participações contínuas nas Olimpíadas Internacionais de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), tendo organizado a edição de 2012 no Brasil, e na Olimpíada Latino Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA), a qual ajudamos a fundar e realizamos três delas – explica Canalle.

A olimpíada é dividida em quatro níveis – os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto, para os do ensino médio – e a prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível.

Os melhores classificados na OBA representam o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2018. E os participantes dessa edição ainda vão concorrer a vagas nas Jornadas Espaciais, que acontecem em São José dos Campos (SP), onde os participantes recebem material didático e assistem a palestras de especialistas.

Segundo Canalle, a iniciativa não tem a intenção de criar rivalidade entre escolas ou promover competição entre cidades ou estados. “Queremos promover a disseminação dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa entre professores e alunos, além de mantê-los atualizados”.


20ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) / 11ª Mostra Brasileira de Foguetes
Mais informações no site – www..oba.org.br / Contato – oba.secretaria@gmail.com

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